06
Abr08
Jaime Gama
condutoras de domingo
Em Roma, sê romano. Na Madeira... sê bronco! Foi pelo menos esta a interpretação que Jaime Gama terá dado àquele provérbio popular quando, em visita à Região Autónoma da Madeira, teceu rasgados elogios à figura e obra de Alberto João Jardim. As declarações do Presidente da Assembleia da República, que apontou Jardim como «um exemplo de democracia», levaram os socialistas madeirenses, primeiro, a uma síncope, depois a um voto de protesto. A responsabilidade deste incidente, claro está, é do clima. Toda a gente sabe que os climas amenos, como o da Madeira, fazem com que as pessoas se soltem, se tornem mais expansivas! O Presidente do Governo Regional, aliás, é bem o exemplo de alguém que apanha, todos os dias, sol na mona: solta barbaridades na comunicação social; faz “soltar” a tampa aos políticos do “contenente”; e, no Carnaval, solta a imaginação e a roupa interior! Mas, realmente, este episódio não ajudou nada ao clima, dentro do partido socialista. Se, na Madeira, os ânimos dos militantes aqueceram, em Lisboa as reacções foram mornas. Membros do partido socialista já desvalorizaram o incidente, afirmando que Jaime Gama julgava estar em happy hour, aquele fantástico momento do dia, em que se pode descarregar à vontade, sem que ninguém nos peça contas. As condutoras sabem que este episódio despertou também interesse noutras latitudes e climas mais tórridos, como no Zimbabwe. Robert Mugabe – também ele no poder há quase trinta anos – está a pensar em convidar Jaime Gama para visitar o país e dar a conhecer a sua obra. Talvez assim consiga limpar a sua imagem e inverter o rumo das eleições.