Choque Frontal - Assaltos
Esta semana foi pródiga em crimes e em… brincadeiras de criança. E é disso que venho falar-vos. Então não é que duas funcionárias da Caixa Geral de Depósitos resolveram brincar aos polícias e ladrões? Provavelmente já fartas de aturar o responsável dos depósitos a fazer de marido, sempre que brincavam aos pais e às mães, trocaram de brincadeira. Quiseram ser reféns por um dia, mas esqueceram-se dum pormenor: eram precisos assaltantes! Conseguiram montar um mega cerco policial: uma centena de agentes da autoridade à volta da dependência bancária de Vila do Conde, durante mais de 3h. A tensão aumentava a cada minuto, até que as patrulhas invadiram o banco, ao melhor estilo de Hollywood e… encontraram o quê? As 2 senhoras trancadas na casa-de-banho. Só. Não sabemos se estavam a reproduzir uma cena do L Word ou a fazer mais uma homenagem a Manuel Subtil. O que é certo é que estavam apavoradas, e diziam ter sido trancadas por dois temíveis ladrões. Acontece que os criminosos já não estavam no banco há horas! As Condutoras de Domingo já estão mesmo a ver o que se passou: dois clientes dirigiram-se ao balcão para saber informações sobre cheques pré-datados, tendo um deles sacado do telemóvel. Ora, todos devem estar recordados que Portugal é percursor nessa arte do “assalto à mão armada” com telemóvel. E estas senhoras não eram excepção. Vai daí, atiraram-se para o chão, havendo mesmo relatos de pessoas que iam a entrar no banco e recuaram depois de as verem estendidas no solo. Compreende-se. Só mesmo um cliente habitual é que se arriscava a lá entrar. Por calcular que fosse dia de jogar às escondidas, ou torneio de Twister. Mesmo que ouvissem “mãos ao ar” pensariam que era aquela parte do “mão esquerda no círculo azul”.
O mais provável é que os criminosos fossem também adeptos dos jogos didácticos, já que não roubaram nada de nada. Provavelmente aquilo para eles foi uma simulação do monopólio. Só não quiseram passar pela casa da prisão. As mulheres voltaram entretanto ao trabalho, e estão a receber apoio psicológico, por sofrerem de stress pós-traumático. Minhas amigas, não vão mesmo parar com as brincadeiras, pois não? Agora é aos médicos, o que se seguirá? Cabra cega, ou barra do lenço com as senhas do atendimento? Uma responsável do INEM veio dizer que: "Não é um caso de risco de vida”. Porque será que há sempre estes desmancha-prazeres? Que coisa! Sou só eu que me irrito com estas atitudes? Não! Ana Pereira, uma das populares que assistiu a tudo, também se queixou: “Fizeram este aparato todo e a gente acabou por não ver nada. Tanta polícia não sei para quê!”. É caso para dizer: “rebenta a bolha!”.