Mínimos
Para Cristiano Ronaldo, que falhou escandalosamente um penalty na final da Liga dos Campeões. O falhanço não nos preocupou… O que denunciou Ronaldo foi aquele choro convulsivo, deitado no chão, no centro do terreno. Toda a gente sabe que quando o craque chora, há más notícias para Portugal. No final do Euro2004, contra a Grécia, Ronaldo também parecia um miúdo a quem roubaram qualquer coisa. Não a chucha, mas um Mercedes SLK ou assim… Este novo momento de birra na final da Champions foi a derradeira prova: o jogador perdeu o dom! Logo agora, que ia ser útil ao seu país, Ronaldo deixou de ter jeito. E se no Manchester United ainda pode agradecer a ajuda aos seus colegas, que o salvaram de boa, na Selecção Nacional o panorama é bem diferente. A começar pela baliza. Não há ninguém para defender penalties. É que Ricardo também perdeu ele próprio o dom há muito tempo. Desde que emigrou para Espanha e começou a ouvir o tema “Resistiré” para lhe dar força. Do velho Ricardo sobra apenas a voz. Depois, restam dois pequenos guarda-redes: Quim e Rui Patrício. O primeiro é famoso por não comer cozido à portuguesa, temendo o controlo anti-doping, o segundo, não é famoso de todo, e demonstrou ter ainda mais dificuldades de expressão do que o próprio Ronaldo. Posto isto, é bom que o “super puto” comece a pensar numa nova profissão: tendo em conta a sua frota automóvel e a quantidade de gel que usa no cabelo, o comércio de novos e usados pode ser um caminho. Ou então a manutenção de piscinas, para a qual já demonstrou algum talento… Claro que a publicidade é sempre uma carreira em aberto para Cristiano Ronaldo, mas agora que deixou de ser o génio da bola e que é preciso contratar um duplo para os anúncios do BES, talvez o melhor seja seguir o exemplo de Scolari. Fazer um spot em que pergunta: “e se eu decidisse dedicar-me à vinicultura? Quem me apoiaria?”.
Médios
Para o Big Mário. Que foi considerado esta semana “Recluso de Platina”. Pelo simples facto de nos ter dado a conhecer esta escala de prémios das prisões, já merecia estar aqui nos nossos sinais de luzes. A escala começa em lata, passa por metais mais nobres e termina em platina. Quer dizer que Maria das Dores tem lá na sua cela um bonito troféu em ferro forjado, com toda a certeza. Mas voltemos ao ex-concorrente do Big Brother, actual recluso de Custóias. Ao que parece, Mário Ribeiro tem um comportamento exemplar, que foi considerado pelo Conselho Técnico da Prisão como de “Platina”. Grande coisa! Mário está no seu habitat natural: fechado a sete chaves, e com a vida controlada 24 Horas por dia. Isto não é mais do que um reality show, com a vantagem de em vez de ouvir a Teresa Guilherme a choramingar, se poder falar sobre bola com o Guarda Prisional. Aliás, nós acreditamos que Mário fingiu todos os crimes de que foi acusado: sequestro, roubo, fogo posto, falsificação de matrículas… Foram apenas manobras de diversão para conseguir que o fechassem entre quatro paredes outra vez. Tudo porque não foi aceite na Quinta das Celebridades. Condenado a seis anos e dez meses, Mário ficou radiante. De tal forma que se sagrou campeão inter-prisional em quase todas as modalidades, e até aprendeu a escrever, porque participa no jornal da prisão. Mas o Tribunal de Execução de Penas está prestes a deitar este trabalho todo por água abaixo. Como? Deixando Big Mário sair em liberdade condicional. Uma vez cá fora, é óbvio que Mário Ribeiro vai simular um outro crime, desta feita um homicídio, no mínimo… para garantir uma estadia longa na prisão. Cá fora, Mário fica muito desorientado e tem medo, muito medo. Não quer acabar como Zé Maria, a fazer cozinhados no programa da Fátima Lopes.
Máximos
Para Augustus, que finalmente usou o Direito de Resposta no 24 Horas por um motivo válido. Ao que parece, a jornalista Alexandra Ho tinha colocado o vestido da esposa de Augustus entre os 10 piores dos Globos de Ouro. O estilista deu-se ao trabalho de explicar detalhadamente porque é que o vestido não merecia ocupar a infame lista. E disse assim: “a minha mulher usava um vestido em chiffon natural Tye-Die (tipo de tingimento que faz com que as cores fiquem degradée), e por baixo um forro em renda clássica de Chantilly branca”. Diz ainda que “uma das fortes tendências da alta costura desta estação chama-se lencerie e caracteriza-se pela sobreposição de aplicações”. Tudo isto para explicar que a mulher não usava um vestido laranja sobre outro tecido de padrão carregado, como a jornalista escreveu. Augustus acusa Alexandra Ho de não ter assistido aos desfiles de alta-costura em Paris ou Roma, nem às semanas de moda de Milão e Nova York. Reclama ainda pelo facto de Orsi Féher surgir entre as 10 mais, com um vestido “simples e elegante como se quer”, ao lado de Sofia Aparício, que fez furor pela “originalidade e excentricidade”. Augustus quer perceber qual é o critério, afinal. O estilista não deve ser leitor assíduo do 24 Horas… se não existe critério editorial, porque é que havia de existir na análise de moda? Augustus deixa um conselho final a Alexandra Ho. Três palavras apenas, carregadas de sabedoria: Cresce e Aparece! Termina assim com enorme requinte uma página histórica da imprensa nacional. O dia em que um ofendido pela crítica de moda do 24 Horas se defendeu. Lançando até uma pergunta que deve dar que pensar a todos nós – “Será que é preciso ter menos de 35 anos para a D. Alexandra Ho considerar que a pessoa está bem vestida?”. Fica a interrogação no ar.