Máximos
Para o ministro da saúde, que nos ajudou a esclarecer um enigma de séculos, ao denunciar 400 farmácias com donos fictícios. Percebemos agora a razão de existirem farmácias com nomes tão parvos como: Bom Despacho, Da Silva Escura, Da Formiga, Adaúfe, Ossonoba, Borralho ou Caniné. Todos eles são verídicos. Gostávamos de ter sido nós a inventar, mas não fomos. Foram pessoas que passaram ao lado de uma carreira na publicidade, e que vão agora a tribunal, por serem proprietários de farmácias com donos simulados. Sabemos, de fonte segura, que nos registos de “técnicos responsáveis de farmácia” surgem nomes como Poupas Amarelo, Willy Fog ou Cândida Branca Flor. Agora que vão ser impedidos de desempenhar a sua função, entre aspegics e pensos rápidos, sugerimos que os arguidos lancem um serviço de consultoria para ajudar farmacêuticos em apuros, como aqueles que escolhem nomes em latim para as suas farmácias. Será que eles não percebem que vamos sempre dizer “vou aviar a receita à Sanitas” ou “ou vou buscar remédios à Veritas?”.
Médios
Para os cabos de MUITO alta tensão. E esta distinção faz toda a diferença. É a distância que vai entre ter pressão arterial suficiente para um belo AVC ou só para uma ligeira tontura. Os cabos de muito alta tensão cometeram a proeza de juntar pessoas de diferentes credos e culturas em frente à Assembleia da República: nove algarvios e uma moradora de Sintra, numa alegre confraternização à qual só faltou o piquenique, porque estavam em greve de fome. Entretanto, as Redes Energéticas Nacionais voltaram atrás e decidiram alterar a localização dos cabos. Mas uma manifestação não se cancela assim dum momento para o outro. Afinal de contas, vieram 9 pessoas propositadamente do Algarve e a décima, bem… essa quis ir comprar Queijadas à Periquita e foi parar ali por engano, mas de qualquer modo, não podiam de repente esquecer o assunto e irem comer umas febras. Até porque faltava receber a visita do dia: Helena Carmo, deputada Municipal do Bloco de Esquerda, que ofereceu o seu jejum de 24h, e propôs um “carrossel de jejum” a todos os interessados. A verdade é que Helena é uma comedora compulsiva, que já tentou todo o tipo de dietas e desintoxicações, e é daquele género que não suporta ver ninguém comer hidratos de carbono à sua frente. Este foi apenas o pretexto ideal para tentar perder uns kilos a mais. Até porque malta do BE não pode ser vista na Corporacion Dermostetica.
Mínimos
A corrupção está de volta aos sinais de luzes. Salvo seja, que ainda não aceitamos malas com dinheiro a troco de discos pedidos. Estamos só à espera que chegue a primeira. Mas vamos ao que interessa. A Corrupção em causa é a de João Botelho. Ah, não. Era a de João Botelho, que entretanto já fugiu para parte incerta. É a Corrupção de Margarida Vila-Nova. Quer dizer, parece que também já não, visto que a actriz não foi à conferência de imprensa e afirma estar descrente com o resultado final. É a Corrupção de… Alexandre Valente? Pelo menos até há 5 minutos atrás era. Valente é percursor dum novo género cinematográfico, que suplanta o “cinema de autor” dos grandes mestres: os filmes de produtor. Carolina Salgado já viu o filme e “amou”. Todos sabemos que essa é a especialidade dela, amar. Mas também sabemos que nem sempre diz a verdade, por isso a afirmação “estou muito contente de ter chegado até aqui” é duvidosa, porque a escola do “Calor da Noite” dota as pessoas de uma capacidade de fingimento acima da média. Carolina sentiu-se em casa, mostrou-se feliz mas não conseguiu esconder alguns esgares de dor, que se recusou a explicar aos jornalistas. A nós parece-nos que há coisas que não precisam de explicação. No dia em que for surpreendente uma alternadeira fazer esgares, será estranho uma telefonista falar em tom monocórdico ou um pasteleiro fazer bolas de Berlim.