Vieram a lume novos factos sobre o caso do Saco Azul de Fátima Felgueiras. Parece que finalmente estamos perto da verdade. Almeida Lopes, na condição de Juiz Conselheiro Jubilado, e de primo de Fátima Felgueiras, afirmou em tribunal que o processo “saco azul” resulta de uma vingança passional, porque os denunciantes – Joaquim Freitas e Horácio Costa, estavam apaixonados pela autarca. E mais: queriam manter relações sexuais com ela. Faz sentido: em vez de cometerem eles os crimes, como assédio no local de trabalho ou até violação, inventaram um crime para a acusar. Ao longo de duas horas, Almeida Lopes, relatou uma conversa que teve com Joaquim Freitas, numas férias em Mindelo. Segundo o magistrado, nessa altura “Joaquim Freitas abriu-se todo” – o que não é propriamente linguagem de juiz, mas é de primo. Ao que parece Joaquim Freitas disse que estava profundamente apaixonado por Fátima e pretendia ter relações íntimas com ela. E uma pessoa que diz isto é porque está de facto perdida de amores. “Sempre me cheirou que havia ali questões sentimentais, de sexualidade”, disse Almeida Lopes. Mais uma vez, falou o primo e não o juiz. E daí talvez não, porque ele invocou a sua condição de “especialista e seguidor de Freud”. Pelos vistos é também seguidor de Deus, já que contou como ajudava a autarca. Dizia-lhe: “cala, reza e sofre”. Que bela ajuda. Perante esta perspectiva também eu fugiria para o Brasil. Tendo em conta esta fulgurante carreira como sex symbol, o mais certo é que Fátima Felgueiras tenha ido para o Brasil a convite de um pretendente, lindo e famoso, que queria viver com ela e ser feliz para sempre numa cabana em Fortaleza. A arguida acabou por voltar a Portugal, provavelmente por ter recebido milhares de mensagens de fãs, exigindo o regresso. Infelizmente o juiz do seu processo não faz parte da legião de fãs, até porque não a deixou abordar até ao fim a “questão passional”. Fátima teve apenas tempo de contar que foi procurada pelo pai de Joaquim Freitas, que lhe pediu desculpa pelo comportamento do filho apaixonado, e de acusar o mesmo Joaquim de, nessa época, afogar mágoas de amor em tascas e cafés de Felgueiras. Acusação gravíssima que o colectivo de juízes não quis aprofundar. É o sistema de justiça que temos. A única certeza que fica no meio disto é que este caso devia ter deixado há muito de se chamar “Saco Azul” e passado a “Saco Rosa”.