LA MSS
Depois do rude golpe que o fumo de um cigarro desferiu sobre o jogging nacional, é a vez de o ciclismo provar que também não está propriamente “para as curvas”. No âmbito de uma investigação sobre doping, uma volta da PJ às residências e às instalações da equipa profissional de ciclismo LA-MSS descobriu substâncias e material comprometedor. E que reacções se registaram neste caso? O habitual... ou seja, no nosso país, quando um escândalo rebenta na comunicação social, os seus principais intervenientes encarnam três reacções-padrão. Há o tipo que «lamenta profundamente o sucedido»; depois vem aquele que arredonda a boca de espanto para dizer que «desconhece em absoluto quaisquer indícios de práticas ilícitas». E, finalmente, há o tipo que está impedido de actuar porque o caso escapa à sua esfera de acção. Só quem não consegue decorar bem este texto é que diz, no final de uma declaração, que ainda vai deixar de fumar. No caso da equipa de corredores da Póvoa do Varzim, soube-se que, perante a suspeita de práticas dopantes, os patrocinadores denunciaram os contratos. Mas nem isso deve ser preocupante já que a LA-MSS aguarda, com expectativa, pelo “efeito Kate Moss”, que se traduz numa ascensão espectacular na carreira, depois de se ser apanhado a consumir substâncias proibidas.