Indiana Jones
Casaco de cabedal, chapéu poeirento e chicote na mão. Quase apostávamos que atendendo a este último pormenor, alguém fixou, por momentos, a imagem de Vítor Hugo Cardinalli. Mas o perfil que pretendemos evocar com esta descrição é, naturalmente, o do mais charmoso arqueólogo do mundo, agora de regresso. A quarta aventura de Indiana Jones - O Reino da Caveira de Cristal - estreou esta semana para alegria dos fãs que esperaram quase vinte anos desde «A última Cruzada», para voltar a ver o seu herói. Naturalmente, há quem pergunte se Indiana Jones, nascido nos anos 80 e convertido em ídolo de uma geração, tem ainda a mesma capacidade de entusiasmar plateias de todas as idades. Os portugueses, pelo menos, encontram motivos de sobra para idolatrar esta personagem. Os funcionários públicos, por exemplo, revêem-se em Harrison Ford, na medida em que este é mais um sexagenário a quem ainda não deram a reforma. Os jovens portugueses interessam-se por este herói porque acreditam que o Doctor Jones, mesmo sendo “cota” e professor, ainda consegue dar luta dentro de uma sala de aula. E ninguém duvida do apego dos militantes do PSD ao universo da arqueologia, já que também o partido gosta de desenterrar velharias.