O que têm em comum Teresa Guilherme e Elsa Raposo? Muita coisa até, se virmos bem… Aquele tom loiro pérola nº 7 da L’Oréal, o currículo com cerca de 170 ex-namorados, todos com menos de 20 anos (actualmente), e a apresentação de programas de cariz intimo, envolvendo sex appeal ou escovas de dentes. Mas agora há uma coisa que as aproxima mais do que qualquer outra: o facto de terem passado largamente a fasquia dos quarenta, apresentando todos os sintomas de demência que esse processo implica. O esquecimento, a repetição excessiva, o volume exagerado da voz… Mas juntam-lhes uma agravante: a compulsão para produzirem coisas e entrarem nas suas próprias produções. Como se não fosse já suficientemente mau Teresa Guilherme ser protagonista na sua novela “Vingança” e trocar beijos repugnantes com outro idoso, Rui Mendes, agora vai ser, curiosamente noutra das suas produções, mãe de Floribella. Mas já lá vamos. Porque quando falamos em mães fora de prazo, um só nome nos vem à cabeça. Aliás, dois: Elsa Raposo. Diz a manchete do 24Horas que “Elsa arrasa em catálogo de … malhas”. Malhas, minha amiga? Querem coisa mais decadente que esta? Ainda por cima a sessão fotográfica era para o catálogo da Ruga, empresa de confecções de Barcelos! Depois disto só falta fazer uma passagem de modelos no Lar de Idosos de Nossa Sra. do Cabo e deixar de vez os eventos sociais para se dedicar aos convívios na paróquia, entre um e outro desafio de canasta. Mas Elsa é, como já referimos, produtora. E produz o quê? Além de desgostos amorosos e gravidezes em catadupa, produziu este catálogo de moda, numa fábrica metalúrgica em Pêro Pinheiro. Uma árdua tarefa, segundo diz: “não foi fácil escolher um cenário para uma colecção de malhas confortáveis, muito macias e com bastante textura. Pensei em contentores e ferros (…), o ferro é rude e cola bem a contrastar com a macieza das lãs”. Brilhante associação de ideias, Elsa! Folgamos em saber que a sua provecta idade ainda não lhe roubou todas as capacidades. Teresa Guilherme mantém igualmente as suas qualidades. Embora só lhe fosse conhecida uma: a de surpreender. E nem sempre pela positiva. Voltou a fazê-lo uma vez mais, surgindo no último episódio de Floribella como sua mãe. Nem a protagonista sabia, confessando que teve um ataque de nervos, ficou enjoada e sem conseguir parar de rir. Desta vez, compreendemos perfeitamente Luciana Abreu. Teresa disse que sempre gostou muito de Luci, conseguindo assim inventar uma alcunha tão má que destrona Flor. Diz-se até que Teresa, depois da maquilhagem e do guarda-roupa, fica muito parecida com Floribella. O que, convenhamos, é bem mais assustador e menos apropriado do que posar com casaquinhos de malha.