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Out07
De Encontro ao Pára-Brisas - Dumbledore
condutoras de domingo
JK Rowling foi a Nova Iorque promover o seu livro e todos sabemos que é de bom tom anunciar qualquer coisa estrondosa quando se vai aos EUA. Mesmo que as revelações envolvam feiticeiros, aprendizes ou aqueles gnomos de pedra dos jardins. A escritora revelou que o mágico Dumbledore é homossexual e está loucamente apaixonado pelo mago Grindelwald, que vencera numa batalha entre o bem e o mal. Um arrufo de namorados, no fundo, que JK justifica assim: “enamorarmo-nos pode enlouquecer-nos até um certo ponto”, dizendo que o mágico vivia “terrivelmente desiludido” por esse afecto. Os fãs de Harry Potter discutem há muito esta questão da sexualidade do director de Hogwarts. Já nem vamos perder tempo a explicar-lhes que nenhuma dessas criaturas existe. Não respiram, torna-se difícil que tenham opções sexuais… Mas isto serviu para provar que a influência dos anos vividos em Portugal na obra de Rowling é muito maior do que podíamos supor. É que todas as personagens são decalcadas de um conhecido caso nacional. Percebe-se agora que a Porto Editora tenha recusado o livro há uns anos. É que o nome na altura era “Eu, Potter”. A Escola de Magia era a Casa Pia, o terrível Voldemort em vez do sobretudo preto apostava no impermeável vermelho e pedia que lhe chamassem Bibi, e o protagonista, famoso pelas fotografias nu junto de cavalos, era na verdade Adelino Granja. Quanto a Drumbledore, recém-saído do armário, é óbvio que corresponde a… Catalina Pestana. Não está perdida de amores por um mago, é certo… mas isso é só porque entregou a sua vida a uma causa: recordar os abusos aos pequenos aprendizes de feiticeiros! É isso e inventar poções para os pés de galinha e bicos de papagaio.