O Divórcio
Depois de as Finanças tentarem apertar as malhas ao casamento, foi esta semana aprovada, pela esquerda parlamentar, a lei do divórcio. O Fisco, cuja dentada dói mais que a do maxilar de um pittbull, não larga o osso! É que às vezes, quem não faz uma boda faustosa, não olha a despesas para, mais tarde, comemorar o dia do divórcio. A principal novidade do diploma é acabar com o divórcio litigioso e estipular o "divórcio por ruptura". Esta alteração veio tranquilizar as mulheres dos jogadores de futebol, a quem basta, de agora em diante, invocar a rotura de ligamentos do cônjuge para fundamentar o seu pedido. E se a lei tivesse saído há mais tempo ainda acudia a Karen Ribeiro, que, olhando à garrafeira, se poderia então divorciar de Mário Jardel alegando ruptura de stock. Mas o debate na Assembleia não foi pacífico. E o diploma que foi agora aprovado não reflecte todos os contributos e reflexões daqueles que se debruçaram sobre esta questão. Para reparar essa injustiça, as condutoras recuperam agora alguns desses contributos, que vieram das mais diferentes áreas. O cantor Toy, por exemplo, entende que o facto de se estar «estupidamente apaixonado» devia ter sido levado em consideração para agilizar o divórcio. No sector do desporto, Chalana opôs-se ao facto de a nova lei não contemplar já a noção de culpa, uma vez que pretende continuar a culpar os árbitros pelo divórcio entre os adeptos e o Benfica. Do jet-set, Maria das Dores – que no seu caso pessoal tudo fez para evitar o divórcio – queria introduzir, no diploma, uma outra figura jurídica – a marreta das obras.