Está a Falar de Quê? - Cláudio Ramos
Afinal, o que caracteriza um ser humano de excepção? O que faz um simples homem ou mulher ter o condão de mudar vidas com as suas palavras e filosofias? As Condutoras pensam ter encontrado as respostas: são os seres humanos que se distinguem por ser visionários e por pensar em soluções às quais o comum mortal não chegaria. Falamos de um Leonardo Da Vinci. De um Gandi. Ou mesmo de um Cláudio Ramos. Sim, o cronista social surpreendeu-nos com a sua capacidade de resolver num simples gesto um problema que atormenta há décadas o comum cidadão. Quando questionado pelo 24 Horas sobre como reage quando tem ao seu lado no avião alguém assustado que não pára de rezar, Cláudio Ramos mostrou um sangue frio invejável. E assim, num instante, resolveu a quimera por um mundo melhor, respondendo que “isso nunca me acontece, porque já mesmo por causa dessas coisas eu compro sempre o lugar ao lado do meu”. Assim mesmo: mais vale gastar o dobro do dinheiro, mas ter toda uma cadeira para nos afastar do povinho. Não é possível ter um fosso com crocodilos, por isso um espaço vago com uns sacos do free shop em cima tem de servir. Quanto muito, faz-se uma muralha com caixas de Toblerone. Pensamos que os próprios companheiros de voo de Cláudio Ramos devem ficar felizes com esta opção do cronista ser uma espécie de ilha rodeada de lugares vazios. É que num voo já nos basta aturar a comida feita de Lego e os headfones para os filmes de bordo que nunca funcionam em condições. Não é preciso ainda ter de ouvir cusquices como “a badocha do lugar 22G já foi à casa de banho 3 vezes” ou “o pindérico do 7ª está a roubar os pacotinhos de manteiga”.