09
Mar08
A Princesa Carolina
condutoras de domingo
Era Uma Vez... A próxima notícia bem podia começar assim. Isto porque a história de Carolina Salgado tem algumas semelhanças com o clássico conto da Cinderela. Até no facto de uma usar abóboras como meio de transporte e a outras usar fruta como meio de comunicação em código. Carolina tem também ela uma irmã malvada e uma fada madrinha (a Leonor Pinhão). É a verdadeira história da borralheira feita princesa, com direito a filme e tudo – pena não ter sido também da Disney, mas enfim. Ora com todas estas coincidências, é normal que Carolina queira fazer a vida de princesa que foi prometida à própria Cinderela no fim da sua história. Portanto, é normalíssimo que trate os agentes das PSP que lhe fazem a escolta como se fossem a sua criadagem. Os ingratos policias vieram agora queixar-se de que Salgado lhes dá valentes secas, obrigando-os a ir buscá-la às oito da manhã para depois só sair lá pela hora do almoço. Que injustos! Eles é que não estão a colaborar! Podiam usar uns fatos de mordomo ou aceitar ser chamados de Jarbas. Mas não – insistem em aparecer todos os dias com umas roupinhas possidónias. E andam de armas em vez de andarem com leques ou folhas de coqueiro para a abanar. Não têm sentido prático nenhum e percebem zero acerca do que é acompanhar uma princesa. Nas histórias de princesas é também normal haver terríveis dragões. Este caso não é excepção: o dragão Pinto da Costa exige 10 mil euros por difamação, à pala do best seller “Eu, Carolina”. Nós achamos que o presidente portista devia era estar era mais preocupado em exigir que o livro fosse reeditado com todas as suas fotos tratadas em photoshop. Se o Sarkozy pode, ele também pode tirar um pneu ou cinco e aparar uns pelitos.