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Condutoras de Domingo

Elas em contramão, sempre a abrir, pelos acontecimentos da semana.

Elas em contramão, sempre a abrir, pelos acontecimentos da semana.

Condutoras de Domingo

29
Mai08

Vasco Baptista Marques

condutoras de domingo

No próximo domingo voltamos à estrada, e desta vez o convidado é Vasco Baptista Marques, crítico de cinema do jornal Expresso. Vamos falar de filmes, claro, e não só. Vamos também passar em revista os principais acontecimentos da semana - como sempre. Das 11:00h às 13:00h na Antena 3.

 

 

25
Mai08

Sinais de Luzes - 25 de Maio

condutoras de domingo

Mínimos

Para Cristiano Ronaldo, que falhou escandalosamente um penalty na final da Liga dos Campeões. O falhanço não nos preocupou… O que denunciou Ronaldo foi aquele choro convulsivo, deitado no chão, no centro do terreno. Toda a gente sabe que quando o craque chora, há más notícias para Portugal. No final do Euro2004, contra a Grécia, Ronaldo também parecia um miúdo a quem roubaram qualquer coisa. Não a chucha, mas um Mercedes SLK ou assim… Este novo momento de birra na final da Champions foi a derradeira prova: o jogador perdeu o dom! Logo agora, que ia ser útil ao seu país, Ronaldo deixou de ter jeito. E se no Manchester United ainda pode agradecer a ajuda aos seus colegas, que o salvaram de boa, na Selecção Nacional o panorama é bem diferente. A começar pela baliza. Não há ninguém para defender penalties. É que Ricardo também perdeu ele próprio o dom há muito tempo. Desde que emigrou para Espanha e começou a ouvir o tema “Resistiré” para lhe dar força. Do velho Ricardo sobra apenas a voz. Depois, restam dois pequenos guarda-redes: Quim e Rui Patrício. O primeiro é famoso por não comer cozido à portuguesa, temendo o controlo anti-doping, o segundo, não é famoso de todo, e demonstrou ter ainda mais dificuldades de expressão do que o próprio Ronaldo. Posto isto, é bom que o “super puto” comece a pensar numa nova profissão: tendo em conta a sua frota automóvel e a quantidade de gel que usa no cabelo, o comércio de novos e usados pode ser um caminho. Ou então a manutenção de piscinas, para a qual já demonstrou algum talento… Claro que a publicidade é sempre uma carreira em aberto para Cristiano Ronaldo, mas agora que deixou de ser o génio da bola e que é preciso contratar um duplo para os anúncios do BES, talvez o melhor seja seguir o exemplo de Scolari. Fazer um spot em que pergunta: “e se eu decidisse dedicar-me à vinicultura? Quem me apoiaria?”.

 

 

Médios

Para o Big Mário. Que foi considerado esta semana “Recluso de Platina”. Pelo simples facto de nos ter dado a conhecer esta escala de prémios das prisões, já merecia estar aqui nos nossos sinais de luzes. A escala começa em lata, passa por metais mais nobres e termina em platina. Quer dizer que Maria das Dores tem lá na sua cela um bonito troféu em ferro forjado, com toda a certeza. Mas voltemos ao ex-concorrente do Big Brother, actual recluso de Custóias. Ao que parece, Mário Ribeiro tem um comportamento exemplar, que foi considerado pelo Conselho Técnico da Prisão como de “Platina”. Grande coisa! Mário está no seu habitat natural: fechado a sete chaves, e com a vida controlada 24 Horas por dia. Isto não é mais do que um reality show, com a vantagem de em vez de ouvir a Teresa Guilherme a choramingar, se poder falar sobre bola com o Guarda Prisional. Aliás, nós acreditamos que Mário fingiu todos os crimes de que foi acusado: sequestro, roubo, fogo posto, falsificação de matrículas… Foram apenas manobras de diversão para conseguir que o fechassem entre quatro paredes outra vez. Tudo porque não foi aceite na Quinta das Celebridades. Condenado a seis anos e dez meses, Mário ficou radiante. De tal forma que se sagrou campeão inter-prisional em quase todas as modalidades, e até aprendeu a escrever, porque participa no jornal da prisão. Mas o Tribunal de Execução de Penas está prestes a deitar este trabalho todo por água abaixo. Como? Deixando Big Mário sair em liberdade condicional. Uma vez cá fora, é óbvio que Mário Ribeiro vai simular um outro crime, desta feita um homicídio, no mínimo… para garantir uma estadia longa na prisão. Cá fora, Mário fica muito desorientado e tem medo, muito medo. Não quer acabar como Zé Maria, a fazer cozinhados no programa da Fátima Lopes.

 

 

Máximos

Para Augustus, que finalmente usou o Direito de Resposta no 24 Horas por um motivo válido. Ao que parece, a jornalista Alexandra Ho tinha colocado o vestido da esposa de Augustus entre os 10 piores dos Globos de Ouro. O estilista deu-se ao trabalho de explicar detalhadamente porque é que o vestido não merecia ocupar a infame lista. E disse assim: “a minha mulher usava um vestido em chiffon natural Tye-Die (tipo de tingimento que faz com que as cores fiquem degradée), e por baixo um forro em renda clássica de Chantilly branca”. Diz ainda que “uma das fortes tendências da alta costura desta estação chama-se lencerie e caracteriza-se pela sobreposição de aplicações”. Tudo isto para explicar que a mulher não usava um vestido laranja sobre outro tecido de padrão carregado, como a jornalista escreveu. Augustus acusa Alexandra Ho de não ter assistido aos desfiles de alta-costura em Paris ou Roma, nem às semanas de moda de Milão e Nova York. Reclama ainda pelo facto de Orsi Féher surgir entre as 10 mais, com um vestido “simples e elegante como se quer”, ao lado de Sofia Aparício, que fez furor pela “originalidade e excentricidade”. Augustus quer perceber qual é o critério, afinal. O estilista não deve ser leitor assíduo do 24 Horas… se não existe critério editorial, porque é que havia de existir na análise de moda? Augustus deixa um conselho final a Alexandra Ho. Três palavras apenas, carregadas de sabedoria: Cresce e Aparece! Termina assim com enorme requinte uma página histórica da imprensa nacional. O dia em que um ofendido pela crítica de moda do 24 Horas se defendeu. Lançando até uma pergunta que deve dar que pensar a todos nós – “Será que é preciso ter menos de 35 anos para a D. Alexandra Ho considerar que a pessoa está bem vestida?”. Fica a interrogação no ar.

 

 

 

25
Mai08

Estação de Serviço - Gasolina

condutoras de domingo

Já é um clássico, esta nossa paragem na estação de serviço, mas hoje – em sinal de protesto e de falência técnica, não vou comprar nada na loja. Porque só temos mesmo dinheiro para a gasolina. Anda para aí tudo alarmado com a subida dos preços: pais de família a prepararem-se para levar os filhos à escola às cavalitas, taxistas prestes a iniciarem-se no negócio dos riquexós chineses, peregrinos de Fátima a editarem livros com os seus truques, para ensinar os portugueses a ir de férias a pé… Enfim, já há muita gente pronta a depositar gasolina nos cofres do banco, e a fazer previsões apocalípticas. Eu não vejo problema de maior… Andar a pé sempre fez bem, e o ambiente até agradece. Só há uma coisa que me preocupa mesmo no meio disto. São os pontos. Se deixarmos de pôr gasolina vamos ter cada vez menos pontos acumulados no nosso Cartão Fast Galp ou BP PremierPlus. E isso sim – é capaz de comprometer o progresso duma nação. Por exemplo, com 700 pontos apenas arranjava-se na BP um termo para café, e com 600 um saco térmico Maranello, que bem que vão dar jeito quando sair de casa às 6 da manhã, para ir a pé até ao Marquês de Pombal. Na Galp, com 2300 pontos temos direito a um kit aventura, que inclui lanterna, bússola, binóculos e capa para a chuva. Que podem ser preciosos quando nos perdermos naqueles matagais que há junto às auto-estradas, e precisarmos de acordar o McGyver que há em nós. Espera-se que tenhamos tido inteligência suficiente para trocar também 400 pontos BP por um canivete suíço. Para o que der e vier. Investimentos mais altos, mas que valem a pena, são os trolleys e necessaire por 5000 pontos, e a cama insuflável ConfortRest, por 10600. Vão dar jeito quando decidirmos dormir no emprego, para poupar em deslocações. Ninguém me leva a sério mas eu acho que esta problemática dos pontos vai deixar mesmo muitos portugueses a morrer à fome. Quando se virem privados de Frigideiras Tefal, por 2400 pontos na BP, ou do grelhador Monix, com bandeja recolhe gorduras, a 8800 pontos na Galp. Isto para já nem falar nas parcerias – autênticos pactos sociais que serviam de Banco Alimentar a muito boa gente. Com 200 pontos a valer uns profiteroles na Pizza Hut, e 125 pontos a darem desconto de 50 cêntimos nos supermercados Modelo. Perante isto, o melhor é usar os últimos pontos que detemos e trocá-los por Carrinhos Hotweels – modelos sortidos por 300 pontos, ou para quem prefere os topo de gama, carrinhos Tiny Tuff, que trazem formas de encaixe, tipo Lego. Para os mais sonhadores, talvez o melhor mesmo seja empenhar 400 pontos numa campânula de Princesa Disney, que traz acessório porta-chaves. Podemos sempre pôr lá a chave do nosso velho carro, suspirar de saudade e desejar que volte o tempo das princesas e andemos todos em faustosas carroças, com os nossos vestidos de cauda. Sim, homens e tudo. Já não há o problema das saias e os saltos altos não darem jeito para conduzir.

25
Mai08

O Que é Nacional é Bonzinho - Segurança

condutoras de domingo

Há pessoas que não conseguem dizer as verdades nuas e cruas, com medo de magoar alguém. Andam ali à roda até conseguirem transformar um defeito numa quase qualidade. “Ai, tu não és gorda, tens curvas”, “tu não és casmurro, só decidido”, “tu não te vestes como um babuíno míope, tens só um estilo muito próprio”, “o Nuno Gomes não é aselha a marcar golos, tem só muito azar”.
Foi sob esta perspectiva que encarámos a notícia de que Portugal é um dos 10 países mais pacíficos do mundo, segundo o último relatório do Índice Mundial da Paz. No índice, que avalia o pacifismo de 140 países e o seu nível de tranquilidade, este cantinho à beira mar plantado aparece no sétimo lugar, a seguir à Irlanda e antecedendo a Finlândia. Para muita gente, isto pareceu bom. Para as Condutoras, foi óbvio: estão a chamar-nos panhonhas. Na escola, os miúdos “pacíficos” eram aqueles que acabavam todos os intervalos dentro do balde de restos da cantina, com a mochila atirada para o telhado do pavilhão. Basicamente, o que este relatório faz é dizer a todo um planeta: “podem vir colar pastilhas elásticas no cabelo destes, que eles não se vão virar a vocês”. Neste momento, somos um alvo fácil de “paísjacking”: as outras nações sabem que podem entrar por aqui a dentro ao calduço, que nós até nos colocamos mais a jeito. Afinal, somos uns paz de alma.
 

25
Mai08

Agarrado ao Pára-Choques - Amigos da Sesta

condutoras de domingo

Nós, condutoras de Domingo, apreciamos alguma calma e costumamos entrar no carro muito antes de a viagem começar. Porém, há por aí gente que nos bate aos pontos em preparações: os amigos da sesta. Ainda estamos nós a despedir-nos de Maio e já a Associação dos Amigos da Sesta anda a preparar a 2ªConferência Nacional da Sesta, a realizar... Adivinhem. Junho? Não! Isso é já agora! Tal como Julho e Agosto. É em Setembro, bem lá para o finalzinho! E já está anunciado. Eu acho bem, não vá um amigo da sesta mais distraído deixar-se embalar o Verão todo e depois faltar à conferência com o pretexto de que nada sabia. Não, senhor, na irmandade da sesta não há espaço para improvisos. Ora, eu, que ainda não me associei a esta causa, ando preocupada com o facto de não ter tempo para dormir a sesta. Ela bem bate à portinhola do meu cérebro todos os dias a seguir ao almoço; tenta, tenta, chama o João Pestana, mas nada consegue contra esse flagelo dos tempos modernos que dá pelo nome de “volume de trabalho”. E isto é extremamente aborrecido por me colocar a mim e às outras condutoras de Domingo num mundo à parte, infeliz, onde os acidentes de trabalho se perpetuam em cadeia e os ritmos biológicos correm no sentido inverso ao dos ponteiros dos relógios; um mundo frágil pela nossa vulnerabilidade física, psíquica e mental; um mundo escuro como uma olheira com mais de 10 anos. No fundo, somos umas marginais. Porque a sesta é recomendável para todos e nós não nos incluímos nesse todo. Reparem. Não nos incluímos no grupo dos nostálgicos, que encaram a sesta como a via de acesso ao tempo perdido da infância, numa inversão do seu propósito primordial: naquela altura, faziam birra para não dormir, agora fazem birra para dormir. Também estamos completamente afastadas do grupo do Jet Set. É que não há nada mais in do que uma boa sesta, tendo em conta que grande parte dos amigos da sesta é gente conhecida, das artes, do espectáculo, de boas famílias e, claro, de bons horários. Aliás, este ano tenho para mim que a silly season será marcada não por festas, mas por sestas a realizar nos locais mais badalados da tarde algarvia: dos sofás do T-Club aos areais da praia do Ancão, é ver o Jet Set deitadinho sobre almofadas repletas de baba, ouvindo o som das ondas e dos roncos. Nem o grupo dos noctívagos nos acolhe, esses grandes adoradores de sestas, por termos caído nas teias da tirana luz do dia. E o grupo do pessoal das artes nem se fala. Nós ainda não vimos a curta-metragem «A Sesta», de Olga Roriz, e não há amigo da sesta que, desde a sua estreia, não a veja em repeat numa gravação pirata. Finalmente, na classe política, surpreendam-se, mas não há lugar para nós. Parece-me óbvio que eles andam a dormir há anos e nós, como dá para ver, nem aos Domingos ficamos quietas. E é com grande tristeza que me vejo forçada a anunciar tão atempadamente que não vamos aparecer em Alcanena a 27 de Setembro. Faltaremos à megaconferência da sesta, na qual se discutirá, por exemplo, a «sesta no trabalho». Por isso, que fique bem claro que é também com muita inveja dos participantes que comunico esta nossa ausência.

25
Mai08

Vende-se

condutoras de domingo

Há países que sofrem terrivelmente com catástrofes naturais. Outros, como nós, sofrem com catástrofes fiscais. O difícil é saber qual destas calamidades pode causar um maior número de desalojados. Face à dívida de 236 euros de um contribuinte, a Direcção Geral dos Impostos penhorou e colocou à venda dois imóveis, cujo valor patrimonial ascende aos 38 mil euros. Não é a desproporção entre o valor da dívida e o valor do bem penhorado que nos chamou a atenção, mas o facto de o Fisco optar pela solução que qualquer labrego em matéria de economia, saberia descartar, com estas palavras sábias: “Isto está mau pra vender”. Por outro lado, este desgoverno da máquina fiscal pode comprometer seriamente as manifestações de apoio à selecção nacional. É que em vez das bandeiras e cachecóis com as cores nacionais, as varandas das casas portuguesas podem passar a exibir uma só placa com a inscrição «Imobiliária ERA vende».

25
Mai08

Tão Mau Que é Bom - Saco Azul

condutoras de domingo

Vieram a lume novos factos sobre o caso do Saco Azul de Fátima Felgueiras. Parece que finalmente estamos perto da verdade. Almeida Lopes, na condição de Juiz Conselheiro Jubilado, e de primo de Fátima Felgueiras, afirmou em tribunal que o processo “saco azul” resulta de uma vingança passional, porque os denunciantes – Joaquim Freitas e Horácio Costa, estavam apaixonados pela autarca. E mais: queriam manter relações sexuais com ela. Faz sentido: em vez de cometerem eles os crimes, como assédio no local de trabalho ou até violação, inventaram um crime para a acusar. Ao longo de duas horas, Almeida Lopes, relatou uma conversa que teve com Joaquim Freitas, numas férias em Mindelo. Segundo o magistrado, nessa altura “Joaquim Freitas abriu-se todo” – o que não é propriamente linguagem de juiz, mas é de primo. Ao que parece Joaquim Freitas disse que estava profundamente apaixonado por Fátima e pretendia ter relações íntimas com ela. E uma pessoa que diz isto é porque está de facto perdida de amores. “Sempre me cheirou que havia ali questões sentimentais, de sexualidade”, disse Almeida Lopes. Mais uma vez, falou o primo e não o juiz. E daí talvez não, porque ele invocou a sua condição de “especialista e seguidor de Freud”. Pelos vistos é também seguidor de Deus, já que contou como ajudava a autarca. Dizia-lhe: “cala, reza e sofre”. Que bela ajuda. Perante esta perspectiva também eu fugiria para o Brasil. Tendo em conta esta fulgurante carreira como sex symbol, o mais certo é que Fátima Felgueiras tenha ido para o Brasil a convite de um pretendente, lindo e famoso, que queria viver com ela e ser feliz para sempre numa cabana em Fortaleza. A arguida acabou por voltar a Portugal, provavelmente por ter recebido milhares de mensagens de fãs, exigindo o regresso. Infelizmente o juiz do seu processo não faz parte da legião de fãs, até porque não a deixou abordar até ao fim a “questão passional”. Fátima teve apenas tempo de contar que foi procurada pelo pai de Joaquim Freitas, que lhe pediu desculpa pelo comportamento do filho apaixonado, e de acusar o mesmo Joaquim de, nessa época, afogar mágoas de amor em tascas e cafés de Felgueiras. Acusação gravíssima que o colectivo de juízes não quis aprofundar. É o sistema de justiça que temos. A única certeza que fica no meio disto é que este caso devia ter deixado há muito de se chamar “Saco Azul” e passado a “Saco Rosa”.

25
Mai08

Destravados - Cuspidor

condutoras de domingo

Devíamos começar o nosso Destravado de hoje com um momento de silêncio – mas a gasolina está cara e não podemos desperdiçar nenhum segundo desta nossa condução domingueira. Mas, mesmo assim, estamos comovidas: é a primeira vez que celebramos um Destravado que já não está entre nós. Não foi um trágico acidente de viação que o levou – mas sim um desfecho triste de uma manhã passada a praticar desporto. Um desporto perigoso e, infelizmente, pouco reconhecido: a prática da cuspidela olímpica. Pois é, ficamos todos contentinhos só porque a Vanessa Fernandes corre, nada, anda de bicicleta, salta e faz mais coisas do que as meninas dos anúncios a pensos higiénicos. Mas esquecemos os cuspidores. É triste. Um homem suíço de 29 anos estava a praticar cuspidelas com alguns amigos, depois de uma noite de copos. O objectivo era ver quem é que conseguia cuspir mais longe, desde a varanda do quarto de hotel onde estavam. O atleta respirou fundo, preparou a sua melhor saliva vintage, afastou-se para tomar balanço…. e caiu da varanda, de uma altura de 7 metros, tendo morrido umas horas depois no Hospital.
Hoje, nem lhe vamos medir a Destravadice. Vamos só prestar uma sentida homenagem. Aos cuspidores de todo o mundo – já sabem: se cuspirem, não bebam.
 

25
Mai08

O Drama, o Horror

condutoras de domingo

Quem não se lembra do aviso de Artur Albarran antes de cada episódio do programa Imagens Reais? "O drama, o horror, a tragédia..." estão de volta à televisão. Depois de anos afastado dos ecrãs, o jornalista volta à Sic com “O Mundo é Pequeno” para animar os Sábados à noite. Animar não é a melhor palavra visto que será um programa de casos insólitos e reais, como conflitos sociais ou perseguições policiais. O primeiro episódio deste novo programa podia ser baseado na própria vida do Sr. Albarran. Querem melhor do que branqueamento de capitais, burla, bigamia e violência doméstica? Mas as Condutoras acham que Portugal não precisa de mais drama, mais horror e mais tragédia. Já basta o regresso da Manuela Moura Guedes aos telejornais! E se o objectivo era recuperar o Artur Albarran podiam ter pensado num programa do estilo “Acorrentados”. Candidatos não iriam faltar e até seria positivo para o País! É que anda por aí muito boa gente que se estivesse acorrentada não faria tanta asneira…

25
Mai08

Horóscopo - Sexo

condutoras de domingo

Esta semana, nada houve de mais preocupante para os astros do que o sexo. Não o sexo no mundo dos planetas, que esses, com Vénus e Marte, lá se vão safando. Os astros andam em cuidado com o sexo, ele mesmo, o próprio, o do “coiso e tal”. O sexo anda literalmente em maus lençóis, isto é, nos lençóis dos portugueses, povo que, assim sem mais, começou a preferir fazê-lo do que a assistir a desafios de futebol. O momento é difícil, caríssimo sexo, sobretudo no campo profissional. Sentir-se-á usado e abusado, envolvido em ondas de suor e gemidos nunca antes ouvidos em território nacional. Nem mesmo num estádio de futebol, onde a intensidade “decibélica” é batida aos pontos por aquela que se atinge dentro das quatro paredes de um casal português. Por isso, como nunca antes se viu tamanha escravização do sexo, sentirá um cansaço esmagador que o arrastará pelos caminhos do desespero e o levará às lágrimas. Mas apenas a si porque os portugueses que o usam a seu bel-prazer, esses, nem uma lágrima verterão. Serão apenas gargalhadas e estremeções orgásmicos utilizados para secar as lágrimas que lhes cairam nos bons tempos em que preferiam assistir a jogos de futebol. Tudo isto, caro sexo, deixá-lo-á ainda mais irrequieto e desconfiado, sentindo-se defraudado pelos seus ex-melhores amigos, este povo português aparentemente acostumado a rapidinhas durante os intervalos da bola ou da novela. Seja forte, aguente o estoiranço, dê um passeio e compre uma boa base que disfarce essas olheiras. E, para recuperar a esperança de um dia vir a ter o sossego que um bom tuga lhe proporcionava, lembre-se de que os portugueses não gostam de preservativos nem de testes à sida, o que significa que tanto o babyboom como o deathboom que se aproximam vão permitir-lhe gozar férias num convento em terras de “nuestros hermanos abstinentes”, esses milhões de espanhóis que honram a expressão desporto-rei e sabem que ela não se aplica a si. Se isto demorar, os astros recomendam-lhe, como conselho final, que tente acabar com os artigos das revistas femininas que o identificam como um eficaz queima-calorias. Combine um jantar com cientistas de renome, passe-lhes umas notas por baixo da mesa e arranje maneira de eles avançarem com a notícia de que olhar fixamente para a televisão ao longo dos 90 minutos de uma partida de futebol estimula a zona óptica, local onde se acumula a maior parte das calorias do corpo humano e a partir do qual se libertam endorfinas. Isso, sim, faz bem à saúde, sobretudo se aliado a uma contracção alternada das nádegas, que se levantam suavemente sempre que o espectador do desafio de futebol tenta alcançar de um lado o comando e do outro a garrafita da mini.

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Todos os domingos na Antena 3, entre as 11:00h e as 13:00h. Um programa de Raquel Bulha e Maria João Cruz, com Inês Fonseca Santos, Carla Lima e Joana Marques.

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Condutoras de Domingo é um programa da Antena 3. Um percurso semanal (e satírico) pelos principais assuntos da actualidade e pelo país contemporâneo.

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